
Leonardo Wilhelm DiCaprio surgiu para o mundo no começo dos anos 90.Franzino, com feições e voz extremamente infantis (esta última , aliás, ele conserva praticamente a mesma até hoje), o garoto de sangue meio hippie, meio germânico, saído dos guetos de Los Angeles, começou numa série televisiva familiar e em filmes pouco inspirados, como “Criaturas 3”.Mas por pouco tempo.
Logo depois, em 1993, estaria ao lado de ninguém menos que Robert De Niro, em “O Despertar de um Homem”.A partir daí, iniciou-se uma carreira singular .Leonardo foi doente mental em “Gilbert Grape - Aprendiz de sonhador”(papel que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Coadjuvante), mocinho clássico no modernoso “Romeu + Julieta” e no arrasa-quarteirão “Titanic”, Rei Sol no sessão-da-tardezístico “O Homem da Máscara de Ferro”, malandro incorrigível (e irresistível) em “Prenda-me Se For Capaz”, maníaco obsessivo em “O Aviador”, machão em “Os Infiltrados”, fracassado do “american dream” no denso e sincero “Foi Apenas Um Sonho”, dentre outros papéis marcantes.
Em termos de fama e retorno financeiro, Leo vive no Olimpo hollywoodiano.Sua filmografia já acumula cerca de US$ 4 bilhões de bilheteria, seu salário gira em torno de S$20 milhões por filme e seu rosto é um dos mais conhecidos do cinema.Sua celebridade, inclusive, já gerou episódios excêntricos em terras brasucas, como a declaração de Cateano Veloso, em pleno auge do ator, durante a febre Titanic, que disse que "devoraria Leonardo DiCaprio, mas no sentido antropofágico". Piada ou não, a estranha afirmação ficou eternizada na canção Eu Te Devoro, de Djavan ("Noutro plano, te devoraria tal Caetano a Leonardo DiCaprio...").
É incompreensível como a Academia, ao contrário do mundo todo, consiga ficar tão indiferente à ele. Eu, tendo assistido a praticamente todos os seus filmes (os que faltam são aqueles que não acho em lugar nenhum, o que me deixa profundamente frustrada), reclamo minha propriedade pra opinar.E digo que DiCaprio é um ator verdadeiramente versátil e expressivo, que tem a proeza de conseguir fazer-me emocionar de verdade, e que há muito, mas muito, além de seus cabelos loiros e lindos olhos azul-celeste, traços que parecem ofuscar irremediavelmente sua inteligência e talento.
Não sei a que provas seus críticos ainda querem submetê-lo, talvez à velhice e à decrepitude, para então reconhecer seu mérito como grande ator, e por tabela merecedor de um grande prêmio.
Pelo menos podemos ser brindados com ótimos filmes e atuações, enquanto ele continua sua caminhada rumo ao justo reconhecimento.Boa sorte, Leo.
P.S: Sempre gostei do Leonardo DiCaprio.Até demais, como sentenciava minha mãe.Explico: em tenros anos, vivi junto a minhas primas a so-called “Leomania” dos anos 90, que ainda levei adiante por mais um bom tempo, até a minha pré-adolescência , nos anos 2000, não me importando com meu já anacronismo em relação aos ídolos do momento.Colecionei fotos, revistas, pôsteres, tinha raiva das modelos nórdicas que pipocavam ao seu lado.
Já superei essa fase, mas guardo o singelo sentimento dos que já foram fãs, e não tenho coragem de me desfazer de nenhum dos meus materiais, que ficam guardados bonitinhos no fundo do meu armário.
Um comentário:
Estava ouvindo a música agora e resolvi pesquisar a razão da famoso frase. Valeu! Adorei o blog.
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